Essa é uma pergunta muito importante! Com o aumento das demandas do mercado de trabalho, o crescimento das exigências das empresas e o retorno que elas têm dado àqueles que se dedicam a crescer e a especializar, fica para trás quem para apenas na graduação ou no curso técnico.
Se você almeja entrar em uma empresa que ofereça um plano de cargos e salários interessante, onde você possa construir carreira, ou usufruir de pacotes de benefícios significativos, que incluem plano de saúde, plano de previdência privada, vale-academia, vale-cultura e uma série de outras vantagens, precisa ter o que oferecer.
Às vezes, é verdade, um bom portfólio compensa a ausência de uma pós-graduação. Em outros lugares, isso pode ser a sua porta de entrada, mas às vezes impedi-lo de alçar outros voos. Há, por exemplo, cargos que exigem uma pós-graduação, e isso independente do quão bom o seu currículo é.
Pós-graduação: por que é tão procurada?
Vamos lá: primeiro, porque ela vai além da graduação. Vivemos em um país historicamente problemático no que tange a questão educacional, então centenas de pessoas sequer terão acesso ao ensino superior durante a vida.
Quem consegue completar uma graduação em uma boa instituição já está na frente de, literalmente, milhares de candidatos.
O que isso significa, quando pensamos sobre pós-graduação? Vamos aos dados, uma vez que isso ajuda a compreender a profundidade da questão (e o tamanho do buraco educacional no qual estamos inseridos, diga-se de passagem; isso, porém, é material para outro artigo).
De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes/MEC), o Brasil tem 122.295 estudantes de pós-graduação, dos quais 76.323 são de mestrado acadêmico, 4.008 de mestrado profissional e 41.964 de doutorado.
Achou pouco? Porque é, de fato. Esse outro artigo aqui diz que apenas 0,8% dos brasileiros entre 25 e 64 anos concluíram um curso de mestrado. É uma média muito mais baixa do que aquela que é vista em países ricos, e nos assusta mesmo quando pensamos na quantidade de pessoas que existem no país.
Por aí, duas coisas se evidenciam: a primeira, claro, é que é necessário ter uma reforma educacional para que nos tornemos um país voltado para a excelência profissional e para o desenvolvimento da ciência. A segunda é que, quem faz parte dessa fatia quase que exclusiva da população, tem direito aos melhores salários e afins.
Quando devo investir na minha pós-graduação?
Para muitas pessoas, a maior demanda após a saída da universidade é por trabalhos fixos ou, pelo menos, por uma rotina de jobs constante (no caso daqueles que optam por ser freelancers sem maior “atrelamento” a companhias).
Independente do seu caso, o ideal é que você se pergunte: qual é o seu objetivo a curto prazo? E a longo prazo? Quanto você deseja ganhar por mês? Existe alguma empresa na qual você gostaria de trabalhar (ou para a qual você gostaria de fazer freelas frequentes, ao menos)? Como chegar lá?
Trace os seus objetivos de forma realista. Para chegar a ser um redator sênior, por exemplo, e ganhar todas as vantagens financeiras e a autoridade que isso exige, você tem que passar por vários anos de experiência, conhecer pessoas e estilos, aprimorar-se e, só então, conquistar esse cargo.
Esteja ciente daquilo que o mercado espera de você e do que você precisará fazer para chegar até o lugar que almeja. Isso vai ajudá-lo a decidir quando é a hora de deixar a pós-graduação entrar na sua vida, uma vez que se trata de uma especialização que, às vezes, é cara e pode exigir muitas horas de dedicação.
Dúvidas comuns sobre a pós-graduação
Você deve ter se perguntado, após ler o parágrafo acima: devo parar de trabalhar para fazer uma pós-graduação?
A resposta é: depende. Alguns mestrados acadêmicos exigem dedicação exclusiva, o que faria com que a pessoa tivesse que abandonar a empresa para cumprir com as suas obrigações com o CAPES ou similares.
Para muitos, essa não é uma possibilidade, mesmo com a bolsa que é dada pelas instituições de incentivo à pesquisa. Nesse caso, pode ser interessante buscar pós-graduação EAD, que tem horários flexíveis, ou conversar com o RH da sua empresa.
A maior parte das companhias faz alguma concessão quando descobre que o funcionário está em busca de mais especialização. Isso acontece porque, quanto mais inteligente, interessado e preparado é o colaborador, melhor será a sua integração com os demais funcionários.
Seus resultados, além disso, estarão acima da média. E isso é importante, porque manter os talentos se tornou obrigatório para as empresas que desejam crescer e diminuir o turnover, a temida rotatividade de pessoas (que, além de ser terrível para a imagem da companhia, causa prejuízo financeiro).